Utilizar materiais que aliem a preservação dos recursos naturais e a diminuição da necessidade de manutenção é uma preocupação constante das empresas do setor de ferrovias. Além de ganhos operacionais, adotar medidas sustentáveis é uma maneira de diminuir os impactos no meio ambiente.
No ano passado, a VLI, empresa especializada em operações que integram
ferrovias, portos e terminais, começou um projeto piloto para testar o
uso de dormentes poliméricos, que são produzidos com plástico
reciclável, na Ferrovia Centro Atlântica.
Os dormentes são peças colocadas nas vias férreas e sobre as quais os
trilhos são fixos. Geralmente, eles são feitos de madeira proveniente de
áreas de reflorestamento, como o eucalipto. Estudos mostram que o
dormente de plástico pode chegar a ter uma vida útil de 30 anos, três
vezes mais que de um dormente de madeira.
Ao todos, foram aplicados 270 dormentes de plástico em um trecho de 150
metros em Uberaba e 883 dormentes em dois trechos que somam 500 metros
em Lavras. Hoje, a VLI realiza uma série de testes para avaliar a
implantação em larga escala nas ferrovias que controla.
O metrô de Belo Horizonte, por exemplo, também no ano passado começou a
troca gradativa dos mourões de madeira da estrutura para tonar a base
da via férrea mais sustentável. Vale ressaltar que o uso desse tipo de material depende das
características de cada malha. Outras empresas, como a MRS Logística e
Vale, utilizam o dormente em alguns trechos das ferrovias.
A série O futuro do setor de ferrovias no Brasil é um
mergulho da equipe de Caminhos para o Futuro nas mudanças que vão
acontecer na malha ferroviária brasileira nos próximos anos.
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